domingo, 20 de janeiro de 2019

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Ao analisar o blog Viver de Renda ficou mais claro a função de um blog, que além de informação, serve para monitoramento e controle das nossas metas e pensamentos no tempo vigente. Muito legal ver, no caso dele, 10 anos de blog, onde o leitor pode viajar no tempo e entender todo o plano, controle e racional por trás, e a progressão dos objetivos colocados em prática.

No meu caso, sempre fui uma pessoa frugal e bem econômica. Há muitos anos, não saberia dizer quantos ao certo, faço o meu controle de gastos. Desde quando recebi meu primeiro salário como estagiário, em 2012, não me recordo de ter gastado a sua totalidade, sempre tendo um custo de vida menor que os meus recebimentos.

Já possuo o controle de gastos, na ponta do lápis, há pelo menos 2 anos. Faço isso diariamente através do aplicativo Mobills, mas ao final do mês atualizo na minha planilha financeira. Quanto aos meus rendimentos e recebimentos, comecei a controlar eles há pouco tempo, menos de um ano atrás. Ao conhecer a Finansfera, tive um certo tipo de epifania para começar a olhar para esse lado.

Sempre fui um cara com uma cabeça financeira. Mas nunca tinha colocado energias para o conhecimento dos ativos financeiros e nunca tive um despertar com relação a FIRE ou ao poder dos rendimentos, sendo que assim nunca me interessei muito pelo controle dos meus investimentos. Minha mente estava muito fechado no dia-a-dia, não me preocupando com a "Big Picture" e o quanto isso é importante.

Meus investimentos, no começo, eram apenas em Fundos. Basicamente um Fundo de Renda Fixa e outro Fundo Multimercado mais conservador. Ambos, entregavam muito pouco acima do CDI, quando entregavam. Isso falando em 2017, onde a taxa Selic já estava em baixa. Ou seja, rentabilizavam muito pouco, mas para uma pessoa que não entendia nada, isso não incomodava. Até eu ter essa virada de chave e entender o poder dos Juros Compostos e que cada 0,01% conta muito no final.

Comecei a estudar mais sobre Investimentos e fui migrando minha carteira lentamente para uma porcentagem maior em RV, buscando um aumento de rentabilidade. Mudança essa gradual, primeiros para Fundos Multimercado com maiores volatilidade, Fundos de Ações e posteriormente compra de Ações diretas.

Hoje, minha carteira esta distribuída em ~11% em RF (sendo ~3% em CDB's e os outros 8% em Colchão de Emergência 100% CDI, liquidez diária). dos 89% da RV, ~20% estão em Fundos de Ações e apenas ~4% em Ações Diretas, 1% em câmbio, ~2% em cryptomoedas e o restante em Fundos Multimercado.

A ideia eu que eu migre esse Fundos para Ações Diretas e para Fii's.

Hoje, meu poder de aporte é de cerca de R$2500 mensais. Uma vez que estou entrando no mundo de empregado, e não de empregador como até então, meu poder de crescer esse número acredito ser reduzido, pelo menos por enquanto.

Sigo na busca de conhecimento, aprimorando a qualidade dos meus aportes e fazendo um balanceamento da carteira mais inteligente.

Meus gastos, hoje, ficam na média de R$1850. Por isso que com um salário, relativamente baixo, consigo fazer os aportes planejados.

Esse é meu primeiro "emprego". Nunca tive carteira assinada e empreendi muito cedo, ainda no meio da universidade. Empreendi as duas empresas em setores diferentes, mas com as mesmas características, o que me fazem hoje querer empreender algo área distinta delas. As minhas dores com os dois negócios foram:

  1. Serviços (margem relativamente baixa x Alta entrega energética e presencial); 
  2. Negócios sem escalabilidade; 
  3. Em um deles, meu resultado estava estritamente ligado com o resultado do setor (ou seja, o teu retorno não é diretamente ligado ao teu desempenho
  4. Baixa barreira de entrada de outros concorrentes (muitos novos entrantes, prostituem o mercado, baixam o nível de serviço e diminuem a margem do mercado)

Tento fazer o difícil exercício de olhar esses anos como aprendizado e experiência, afinal, agora, sei para que tipo de empresa eu não quero empreender novamente.

Muito feliz como o novo rumo de minha vida. Com a empresa que estou trabalhando e o futuro dela e com a posição que já conquistei lá dentro.

Paralelamente, sigo com o Mestrado também, que pode me abrir algumas portas num futuro próximo.

Seguimos!